segunda-feira, 9 de maio de 2011

É vencer ou...vencer - Vagner de Lima Silva, CCSP


Cinco de março é o Dia da Divisão Sênior da BSGI. E nessa divisão existe um homem otimista, alegre, que adora desafios e tem como lema na vida “vencer ou vencer” — esse é Vagner de Lima Silva, responsável pela Comunidade Planalto, RM Sapopemba, CCSP. Com o mesmo espírito invencível do Mestre, ele comprova e conduz a família à felicidade como um grande Pilar de Ouro.
Conheci o Budismo Nitiren em fevereiro de 1997, um mês bastante significativo, das grandes campanhas de Chakubuku que ficaram eternizadas na história da Soka Gakkai. Foi a Regina, na época minha namorada e hoje esposa, quem me ensinou a recitar o Nam-myoho-rengue-kyo. Ela dizia que eu experimentaria um estado de vida inabalável e feliz.

Sofria muito com desarmonia familiar e tinha terminado um relacionamento de muitos desentendimentos. Num período de dois anos, Regina e eu namoramos e casamos. No início do casamento, logo se manifestou o mesmo problema de desarmonia. Sou vendedor e trabalhava numa empresa de domingo a domingo. Devido à minha ausência, Regina passava a maior parte do tempo sozinha, o diálogo não existia entre nós e as brigas se tornaram frequentes. Recebi a função de responsável pelo bloco, mas por causa do trabalho não atuava. Ao contrário de minha esposa, sempre muito dedicada nas atividades da Organização e na prática individual.

Eu só enxergava a meta que estabeleci para mim mesmo: trabalhar muito para conquistar um cargo melhor, ganhar dinheiro para dar conforto à família, comprar uma casa para sair do aluguel. Trabalhava bastante e não via a cor do dinheiro. E meu objetivo cada vez mais distante.

Nesse trabalho, recebia propostas ilusórias e, quando percebi, “pagava” para trabalhar. Ficava semanas longe da família, viajando direto para vender os produtos em estandes de shoppings, só que as despesas de hospedagem e alimentação eram por minha conta, não tinha um salário fixo nem comissão. Sem saber, convivi com um traficante de drogas. E, certa vez, dormi uma semana dentro do carro para economizar a estadia. Regina sempre me alertava, dizendo que deveria colocar o Kossen-rufu em primeiro lugar para mudar o rumo dessa história.

“Não há tempestade que perdure para sempre, não há também problema que persista eternamente. Por isso, transforme o veneno em remédio com base na prática da Lei Mística.” Essa é uma das frases do presidente da SGI, Dr. Daisaku Ikeda, que carrego comigo. Sem suportar mais, Regina me colocou na parede pedindo para que eu escolhesse entre o emprego ou a família. A escolha era uma só: a família. Iniciei minha revolução humana. Fiquei desempregado, pagando aluguel, com uma filha pequena e ainda o sonho da casa própria.

Comecei a participar das atividades e a me dedicar com a mesma intensidade que a minha esposa. Passamos a recitar Daimoku diariamente juntos e fomos nos unindo cada vez mais. Foi aí que percebi que quando deixei a Organização de lado para que houvesse um avanço profissional, nada aconteceu.

Decidi arrumar um emprego que não atrapalhasse a minha participação nas atividades e objetivei claramente como gostaria de trabalhar e o valor do salário que desejava para sustentar minha família e me dedicar com tranquilidade pelo Kossen-rufu. De responsável pelo bloco passei a responsável pela comunidade junto com Regina. Eu atuava com muita alegria em tudo, nas ­reuniões, nas entregas das publicações. O relacionamento familiar mudou para melhor, dialogávamos, juntos planejávamos o que fazer, começou a existir a união harmoniosa. Cada vez mais compreendia como é maravilhoso ser integrante da BSGI, ter um mestre como o presidente Ikeda, que nos incentiva, nos motiva a sermos grandes campeões da vida e buscava colocar em prática na vida diária tudo o que aprendia na Organização.

Após vários contatos, consegui o emprego da maneira que tinha determinado e até o salário era o valor que objetivei. Transformei o veneno em remédio colocando a prática budista em primeiro lugar.

“O que determina se sentimos ou não felicidade é o resultado do que fazemos e da maneira como vivemos.” Nunca tive medo de desafios, sempre fui um otimista incorrigível. E a prática budista só veio aumentar isso. Seguindo firmemente as diretrizes e os objetivos da Divisão Sênior e também como integrante do Grupo Alvorada, fui vencendo no novo trabalho e tornando-me uma pessoa indispensável, agindo com responsabilidade e planejamento. A convicção absoluta no Gohonzon tornou-me um sênior que supera as dificuldades, tendo paixão em desenvolver os companheiros.

E o sonho da casa própria? Em 2008, decidimos que era o ano de conquistar esse objetivo. Condições para isso? Quase nenhuma. Começamos pela oração. Regina e uma irmã dela eram as únicas dos seis irmãos que não tinham conquistado a casa própria. Eu, Regina, minha cunhada e o marido dela sentávamos juntos para recitar horas e horas de Daimoku.

Encontramos a casa em frente a da minha sogra, na rua onde elas tinham crescido. Duas casas no mesmo terreno. E vieram as dificuldades burocráticas da compra, mas sempre tínhamos em mente que a prática da fé está em primeiro lugar. Para nós, era vencer ou vencer. Foram sete meses de muita oração e mexendo com as papeladas. Até que finalmente conseguimos o financiamento. O objetivo estava parcialmente ­realizado, porém teríamos 20 anos pela frente para pagar. Porém, dois anos depois, ganhei um processo trabalhista e quitei as duas casas.

Quantos benefícios vim recebendo por me dedicar sinceramente pelo Kossen-rufu! De fato, quando tudo é pelo Kossen-rufu um caminho de ilimitadas vitórias se abre. Deu até para comprar um carro para agilizar a entrega do Brasil Seikyo. Mudei totalmente minha realidade profissional, tenho salário fixo, comissão, ajuda de custo e confiança no meu local de trabalho. Nada é por acaso. Tudo o que vivi foi um grande aprendizado. Tenho muito orgulho de ser esse Pilar de Ouro que comprova e conduz a família à felicidade ao lado dessa preciosa Rainha da Felicidade que me ensinou que a prática da fé deve estar sempre em primeiro lugar e que exercer uma função na Organização é uma oportunidade a mais de transformar a vida.

Em minhas orações diárias, agradeço ao presidente Ikeda por ter trazido o Budismo ao Brasil que, sem sombra de dúvidas, é a base da minha vida. Para comemorar tantas vitórias, exatamente no último dia 19 de fevereiro, nossa Chakubuku, Elenice, recebeu o Gohonzon na campanha “Cada Família Faz Um”. Atendi ao chamado do Mestre para que fizéssemos desse fevereiro o mês de uma grande propagação.

Hoje eu sei como ser feliz: é por meio da prática budista, não existe outro remédio.

Espírito do 3 de Maio -- proteger o Mestre


DIGAM O QUE QUISEREM, a unicidade de mestre e discípulo é eterna e indestrutível.

COMO DISCÍPULO DIRETO de meu mestre, fiquei indignado [com as traições ao mestre].
Fiz sozinho uma profunda decisão.
Daria tudo de mim para proteger cuidadosamente meu mestre!
Daria minha vida, deixando um modelo para as gerações futuras do que é ser um verdadeiro discípulo.

O MESTRE valorizava o discípulo com toda a sinceridade;
O discípulo estimava o mestre de todo o coração.
Foi nosso nobre drama de mestre e discípulo.

TINHA ORGULHO EM SER discípulo de meu mestre.
Não importava se alguém mais notasse ou soubesse de meus esforços.

NÃO TENHO ARREPENDIMENTOS, não tenho, absolutamente, nenhum arrependimento, pois lutei cada batalha até o fim, protegendo fielmente o caminho de mestre e discípulo.
Eu venci!”

Daisaku Ikeda.